sábado, 8 de fevereiro de 2014

Pausa na jornada.

Quando iniciamos a jornada para dentro de nós mesmos, o início parece demasiado raso.
Parece superficial, sem ter tantos segredos....
Desconhecemos a floresta gigantesca que nos espera.
Vencer o medo é o primeiro desafio, que será eterno, pois o medo sempre está permeando tudo, e muitas vezes ele é negado, também por medo.
Nos dias de hoje, o medo é incentivado, estimulado, gerado.
A coragem é mascarada sob outras formas. Corrigindo: outras coisas se fazem passar por coragem.
É impossível retornarmos desta jornada intactos. Retornar exatamente como éramos antes.
O auto-conhecimento é uma construção diária, é um trabalho diário de abrir janelas, abrir portas, fechar janelas, fechar portas, construir e descontruir muros, e as vezes, apenas observar o movimento interno.
Somos feitos de universo, desconhecemos o que há dentro de nós assim como desconhecemos o que há por aí, fora de nós. Sob o oceano, entre as estrelas, ou além dos buracos-negros.
A floresta é a melhor figura para associarmos com o inconsciente, com a nossa essência e com a nossa profundidade.

Chegou a hora de pausar a jornada, que já acumulou muitos acidentes: cortes, tombos, dores diversas que foram se acumulando e sendo ignoradas, e agora estão latejando o corpo todo. Chegou a hora de pausar esta jornada e banhar-se na cachoeira, tentar relaxar o corpo e recuperar-se.
Alimente-se, respire fundo, procure descansar sob o sol do amanhecer. Coma uma fruta leve, banhe-se nas águas refrescantes. O calor - o fogo transmutador - agora castiga as mentes mais sensíveis, os corações mais sensíveis. Mantenha-se leve. Respire fundo novamente, observe o verde, os raios de sol, os animais em sua força. Durma, deite-se e durma, descansando para continuar quando estiver melhor.
A pausa é sábia. Não é preciso pressa na caminhada dentro de si.

Nenhum comentário:

Postar um comentário