domingo, 11 de agosto de 2013

O Virtual representando o "Real"

Esse post inicia apenas como forma de dar continuidade a um pensamento. Parei um pouco e olhei para a fotinho que representa as pessoas que aqui escrevem. Veja só: ela representa.
Você aí do outro lado, sabe dizer quantas pessoas são? Quem são elas?
Você pode buscar pelo meu IP. Pode dar uma olhadinha de que endereço vem esse IP. Mas consegue garantir quem escreveu? A mão que digita por trás da tela...
Onde eu quero chegar? mostrar, justamente, que o mundo é feito de representações.
O virtual seria o melhor modo de mostrar isso.
Cada pessoa assume um "avatar" em sua vida.
Começa no nascimento: é um nome. Não escolhemos ele. Escolhem por nós.
Não vou entrar nesse assunto pois aqui não cabe, só deixo uma questão: o que, de fato, escolhemos? O que de fato tu escolheu?
Continuando: inicia pelo nascimento - ou até mesmo antes dele - escolhendo um nome. Esse nome te define. Cria tua forma. Tu é aquilo. "João da Silva". João da Silva não pode ser Maria de Almeida. "João é João, Maria é Maria".
Compram roupas pra ti, e te definem novamente: menino, azul. Menina, rosa.
Compram brinquedos pra ti, definindo até teu inconsciente. Menino gosta de carrinho, menina, de boneca. Definindo teu futuro.
E aí tu segue, aprende a engatinhar, aprende a caminhar. E quando não te definem, tu te sente inseguro, e procura de alguma forma definir tua existência. Algum propósito.
Olha pra foto d@ "andarilh@" e tenta responder: quem está escrevendo isso?
Lê a descrição do blog e me diz: quem somos nós? Quantos somos? Como somos?
Na vida, somos definidos por um papel. Cada fase, um papel. Já reparou? Cada pessoa que tu encontra, é um papel novo para representar. Muitas vezes os papéis são bem parecidos, mas, de qualquer forma, é sempre um novo personagem.
Porém, por mais personalidades que a tua mente crie, dentro de ti há algo que impulsiona a tua existência. Uma faísca que queima de uma mesma forma, sempre. Que deixa a mesma cor em todos os papéis que tu for assumir. Que deixa o mesmo gosto em tudo o que tu for queimar.
"Andarilh@: apenas um@ canalizador@ do que há no mundo".
É aí onde quero chegar.
A foto é de um quadro de um pintor expressionista. Um personagem. O nome, é um personagem.
Teu corpo é uma imagem criada. Um personagem. Teu nome é um personagem. Quando fala comigo, é um personagem. Mas quando lê esse texto, é um@ canalizador@. Assim como somos canalizador@s do que há no mundo. Apenas canais de manifestação, assumindo a cada onda nova um novo papel, porém, somos muito além do que a sociedade nos impõe. E cada canal tem seu formato próprio. O "meu" deve parecer-se com uma espiral (porque eu gosto de espirais!). Estamos receptores (e não somos, porque ser é uma definição demasiado complexa e abrangente para expor em um parágrafo, e por outro lado é extremamente simples de vivenciar). Receptores com formas diferenciadas e, por isso, as personas saem diferenciadas.
Isso não tem nada de esotérico, ou de místico. Ao menos, não é a intenção. Pare e pense, sinceramente e sem preconceito - sem teu ego definindo a realidade como forma de se proteger e de garantir sua própria segurança - sobre a sua vida: verá que a vida inteira foi um receptor/transmissor. De informações, de sensações, de emoções, de tudo.

sábado, 10 de agosto de 2013

Uma tentativa de explicar o princípio.

NOTA IMPORTANTE:

Este texto é como se fosse a primeira página de um primeiro capítulo. Esse é o único que precisa ser lido em ordem - ou seja, por primeiro. Os demais são caóticos mesmo, e tu pode ler da forma que bem entender.
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Geralmente, o princípio é o ponto de uma história onde as pessoas mais se interessam. É aí que prendemos - ou não - a atenção de quem lê ou ouve o que queremos transmitir.
Porém, desculpem-me. Este texto não pretende prender a tua digníssima atenção, estimad@ leitor@. Não. Esse texto só quer expurgar "meu" inconsciente - tema que será constante nesse blog - e justificar, provavelmente pra mim mesm@, os motivos por termos criado esse site. Ir a fundo na intenção. Desvendar alguns simbolismos e expô-los aqui. Registrar de alguma forma esse trajeto. E, como já dito em algum lugar daqui, me libertar através da escrita.
Somos andarilh@s às avessas: escrevemos nossa trajetória nesse canal de comunicação, um diário, talvez. Cada trajeto aqui merece ser contado. Cada pensamento, destrinchado, se sentirmos necessidade.

Palavras-chave para entender o que aqui estamos fazendo: mergulhar, desvendar, desmistificar, ir a fundo, deturpar, distorcer, enfeitar, compreender, renovar, reinventar, mutar.

O destino da trajetória? aprofundar o tema até que ele deixe de existir. Em outras palavras, o ponto máximo da existência.
O motivo: a necessidade de ter um lugar para expor alguns pensamentos que nos intrigam, que gritam na nossa mente. Que nos faz pensar em versos, em textos, em parágrafos, ou em simples frases.

Voltando ao princípio (!) deste texto, antes que aqui eu durma: as árvores. Uma floresta escura e fechada.
Por que este é o princípio? Através da simbologia presente na floresta, podemos tentar entender o motivo desse blog existir. Aí está, o princípio.
Já adianto ao leitor: esse tema irá sempre mudar - o plano de fundo, no caso - mas sempre ao redor do mesmo sentimento: a mata fechada, a natureza, a escuridão, a luz que penetra entre as folhas e revela os detalhes daquilo que simplesmente existe, sem controle algum e plenamente caótico.
Por que florestas?
As florestas tem seus próprios caminhos. Não faça nada: não abra uma clareira no mato, mas simplesmente ande por ele, simplesmente, e vai encontrar, de alguma forma, um caminho. Por mais tortuoso que ele seja.
A floresta tem suas próprias regras. Regras construídas no caos, mas que funcionam lindamente bem. Repare no mato: ele cresce muito, ele domina o lugar, mas ele não sufoca nenhum outro modo de vida. Diferente da nossa mente, que quer controlar tudo ao redor, definir tudo, programar tudo e, assim, limitar o mundo...
Ao caminhar no mato, teu corpo vai conectar-se com ele. Vai se moldar ao formato do mato. Vai desviar quando tiver que desviar. Se contrair ou se esticar. Enfim, tu é parte do mato, como na verdade sempre foi.
Mato aqui, no sentido de floresta. Mata fechada, cheia de árvores gigantescas, de cem anos ou mais. Cheias de experiência.
A cada camada que tu avança na mata, é uma descoberta. Quanto mais profundo for nessa mata, mais coisas descobre, mais coisas sente. A descoberta aqui não é racional: ela é sensitiva. A descoberta aqui é uma abertura às portas da percepção universal. Entra em contato com a terra, com o verde, com o céu, como uma dessas árvores. Conecta-se e esquece de ti. A descoberta aqui é envolvente. A descoberta, aqui, é totalizadora.
Vai passar por alguns perigos. Na realidade, muitos. Encarar alguns bichos medonhos. Uns monstros aí - pois tu desconhece essa fauna. Então, pra ti, o que é desconhecido se torna um monstro. Após o primeiro contato - geralmente apavorante - está na hora de testar o quão integrado à essa mata tu está. Vai sair correndo, fugir - e voltar para o início, lá, onde tudo é superfície - ou tentar entrar em contato com esse animal, e sentir o que ele sente, e entender como ele pensa, e compreender que, na realidade, vocês dois são parte de uma coisa só?
Cada perigo compreendido-superado é um passo a frente na profundidade. A mata parece pequena pra quem olha de fora. Mas experimente aprofundar a vista: vai descobrir que o aqui e o agora é muito mais infinito do que pensa. O tempo passa de outra forma. Não é lento, nem é rápido, nem é "normal". É o tempo, de outra forma. Sem definições.
Lógico, essa mata que eu me refiro, tema escolhido, é uma mata que poderia ser física, mas é muito mais simbólica. Para o leitor mais perspicaz, que já percebeu de que mata eu falo, meus parabéns. :)
Para os que ainda não entenderam a analogia, segue adiante nos textos que aqui serão publicados.
Muito perigoso esse tema. Sim. Mas é o que estamos querendo desvendar nesse blog.

Aos que querem aprofundar junto com a gente, sejam bem-vindos.
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Segunda nota:
Pra quem reparou em outra analogia feita durante o texto: o blog segue uma única regra- este post é o único que precisa ser lido em primeiro lugar. Pensando na figura da floresta, é como se ele fosse a decisão de entrar nela. É a única etapa que precisa, de fato, ser enumerada. As demais etapas seguem o caos, propriamente dito: é a vida que se reorganiza da sua forma, sem definições e planejamentos. É praticamente a não-etapa. É como plenamente inexistir.