quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Que ciclo criamos?

Que poder é esse
que nos rebaixa a peões?
Que sistema é esse
que nos obriga a apunhalarmos uns aos outros?

Que poder é esse...

O mesmo que diz: "NÃO FAZ ARTE!" e poda nossa criatividade desde pequenos.
O mesmo que dá a frase "vou pra luta" a@ trabalhador@.
O mesmo que com uma mão nos dá doces (tecnologia, conforto, brilhos, posses, posses, posses) enquanto com a outra nos tira o maior presente (o próprio presente, ao nos colocar na posse a preocupação, a necessidade de participar de determinadas condições, a falta de tempo e as doenças - por consequência disto).

A preocupação:
com sair na rua
com a previsão do tempo
com o noticiário

A necessidade:
o trabalho que nunca traz de volta o esforço empregado
o dinheiro que nunca é suficiente
os cargos que comparam, diferenciam e distanciam as pessoas

A falta de tempo:
pelo trabalho que consome o período biológico de convivência
a exaustão que nos faz chegar em casa querendo "relaxar" (nos isolar)
os passos que damos objetivando chegar
enquanto
a rua permanece invisível
o vento, intocado,
o céu, invisível,
a natureza - um mero cenário
as pessoas - um cenário...
o alimento - apenas recarregar a bateria para a jornada.
E do que te alimenta: a tv ligada no noticiário
as notícias: morte, assalto, roubo, estupro, tortura, desesperança.

As doenças?
...
são o produto da nossa falta de liberdade
do nosso comodismo
da nossa não-revolta
do nosso não-questionamento
E são um dos alimentos para esse organismo vivo,
para esse monstro invisível, porém, onipresente - que não é divino -
ao qual chamamos de "sistema"
e que rumina, eternamente, o nosso despertar...

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